A obra para a instalação do Porto Seco da Guarda foi hoje adjudicada pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que tinha lançado o concurso público para a empreitada em finais de 2023. Recorde-se que o processo esteve parado devido a uma questão formal que impedia a APDL de concorrer aos fundos comunitários, entretanto também garantidos através do financiamento no valor de quatro milhões de euros, no âmbito do Programa Regional do Centro – Centro 2030. A Candidatura aos referidos fundos foi submetida ontem, dia 14 de maio.
Recordamos que o projeto prevê a construção de um edifício administrativo, serviços aduaneiros, a extensão das vias-férreas existentes de forma a acomodar um comboio de mercadorias com o comprimento de 750 metros. Contempla o aumento e reforço do terrapleno para permitir a movimentação de mais de 45.000 contentores de 20 pés por ano e a vedação do perímetro e controlo de acessos. A empreitada compreende ainda a alimentação elétrica para a ligação de contentores frigoríficos, telecomunicações e circuito de videovigilância, a instalação de uma báscula rodoviária e barreiras acústicas e integração paisagística.
A APDL tem reiterado que o Porto Seco da Guarda é fundamental para fortalecer a eficácia da ligação de carga aos portos marítimos do Atlântico e Espanha através da ferrovia. Para aquele organismo, o projeto contribuirá para a continuação eficiente do transporte de carga através da ferrovia, alinhando-se com os objetivos nacionais e europeus de aumentar a quota de transporte ferroviário. A intervenção irá modernizar as operações e estabelecer as condições necessárias para a preparação das autorizações alfandegárias e tributárias, juntamente com a alteração da passagem de peões, salvaguardando a livre circulação da população com o acréscimo das condições de segurança no tráfego do Terminal Ferroviário de Mercadorias da Guarda.